01/2002.
Joanópolis passou a ser Estância Turística em 1999. Ainda em desenvolvimento, tem seus encantos turísticos pouco conhecidos entre os amantes da natureza. Ficou conhecida principalmente pela lenda que circunda a região: é a cidade do lobisomem. Uma pesquisadora chegou a cidade para pesquisar sobre o folclore e descobriu que todos os moradores sabiam alguma história sobre lobisomem. A partir daí, escreveu um livro e Joanópolis passou a receber emissoras de TV e foi notícia de muitos jornais.
O mérito da cidade não vem apenas de sua lenda sobre o lobisomem. A cidade está próxima de São Paulo (cerca de 110 Km), mas ao mesmo tempo parece estar bem distante. É super tranquila, tem montanhas e vales lindíssimos, que nos dão a impressão de estarmos muito mais afastados de São Paulo.
Chegamos na sexta-feira a noite e partimos para a primeira aventura: um encontro com o guia da cidade, a meia-noite, para caçar lobisomem... Uma trilha de Jeep nos levou por mais de duas horas contando todas as histórias da região. Passamos pelo cemitério, por capelas no meio do mato, por encruzilhadas e por casas que tiveram problemas com o lobisomem... Confesso que senti medo, mas adorei o passeio.
No dia seguinte acordamos com chuva. Saímos mesmo assim porque queríamos visitar alguns pontos turísticos. Passamos pelo centro, pela Casa do Artesão (que já recebeu muitos visitantes ilustres) e fomos até a Pedra do Lopo, o Gigante Adormecido. Depois de horas subindo por uma estradinha de terra muito perigosa devido a chuva, nos decepcionamos lá em cima porque o tempo fechado não nos permitiu ver a belíssima paisagem...
Já era tarde quando paramos para almoçar. No melhor restaurante da cidade, nos deliciamos com a comida mineira, direto do fogão a lenha. Fotografei tudo que a chuva permitiu e na verdade passamos o dia pensando na trilha do dia seguinte (que só aconteceria se parasse de chover). Já a noite, na pousada um indiozinho insistia em nos acompanhar. Além do dia de chuva, a pousada ficou sem luz... Sem luz no meio daquele bosque. Com chuva. E sem TV. Com uma lanterna, debaixo de chuva, nos dirigimos até o restaurante da pousada e jantamos a luz de velas. Estávamos quase terminando o jantar quando a luz voltou (o nosso amigo índio deu uma trégua...). Fomos dormir rezando para que parasse de chover e para que a viagem não se tornasse um verdadeiro programa de índio!
Acordamos cedo para saber do tempo e acompanhamos o nascer do sol. Belíssimo, por sinal. Ele nasce detrás das montanhas e reflete nas águas da represa de Joanópolis.Tímido, é verdade, mas pelo menos parou de chover. Nos preparamos, conferimos todos os equipamentos e partimos em direção a Cachoeira dos Pretos, onde começaria a tri lha. Este é o ponto turístico mais famoso da região. Lota todos os finais de semana. Tem acesso por estrada de terra, que tem condições regulares mesmo para um carro de passeio em dia de chuva (como foi o dia de ontem).
Com mapa na mão e muita coragem (as nuvens carregadas já apareceram pela manhã, demonstrando uma forte tendência aos temporais de fim de tarde), iniciamos a trilha que já sabíamos o quanto seria pesada. A altitude da região e as longas subidas já denunciavam isso. Pedalamos os primeiros 15 Km subindo. E quando o mapa dizia “sobe forte”, podíamos esperar que era forte mesmo...
O visual da trilha é lindo. São muitos vales e paisagens de tirar o fôlego. Todo esforço valeu a pena. Mas fomos surpreendidos com uma tempestade bem no topo do morro, quando faltavam ainda 6 Km para terminar a trilha. E o pior, a maioria de descidas eletrizantes. Imagine a quantidade de água e de lama que passava pela encosta? Já não enxergávamos mais nada, a não ser uma gigante névoa, que nos envolvia por todos os lados. Senti muito medo. Sabia que dali 2 Km teria um bar, aonde poderíamos parar e nos recuperar do grande susto.
Acho que foram os 2 Km mais longos de nossas vidas. Paramos para respirar um pouco e ainda completamente enxarcados seguimos viagem, já com uma chuva bem mais fraca. E mais subida forte pela frente. Chegamos na Cachoeira dos Pretos sãos e salvos. Conseguimos plásticos na lanchonete para poder entrar no carro, afinal, estávamos cobertos de lama. As bikes, então, irreconhecíveis... O carro passou bem pelos 18 Km de estrada de terra até o centro da cidade. Depois, mais 4 Km de lama até a Pousada. Chegamos inteiros e já sentíamos saudades da trilha quando nos preparávamos para voltar à São Paulo debaixo de uma tremenda chuva!
Joanópolis passou a ser Estância Turística em 1999. Ainda em desenvolvimento, tem seus encantos turísticos pouco conhecidos entre os amantes da natureza. Ficou conhecida principalmente pela lenda que circunda a região: é a cidade do lobisomem. Uma pesquisadora chegou a cidade para pesquisar sobre o folclore e descobriu que todos os moradores sabiam alguma história sobre lobisomem. A partir daí, escreveu um livro e Joanópolis passou a receber emissoras de TV e foi notícia de muitos jornais.
O mérito da cidade não vem apenas de sua lenda sobre o lobisomem. A cidade está próxima de São Paulo (cerca de 110 Km), mas ao mesmo tempo parece estar bem distante. É super tranquila, tem montanhas e vales lindíssimos, que nos dão a impressão de estarmos muito mais afastados de São Paulo.
Chegamos na sexta-feira a noite e partimos para a primeira aventura: um encontro com o guia da cidade, a meia-noite, para caçar lobisomem... Uma trilha de Jeep nos levou por mais de duas horas contando todas as histórias da região. Passamos pelo cemitério, por capelas no meio do mato, por encruzilhadas e por casas que tiveram problemas com o lobisomem... Confesso que senti medo, mas adorei o passeio.
No dia seguinte acordamos com chuva. Saímos mesmo assim porque queríamos visitar alguns pontos turísticos. Passamos pelo centro, pela Casa do Artesão (que já recebeu muitos visitantes ilustres) e fomos até a Pedra do Lopo, o Gigante Adormecido. Depois de horas subindo por uma estradinha de terra muito perigosa devido a chuva, nos decepcionamos lá em cima porque o tempo fechado não nos permitiu ver a belíssima paisagem...
Já era tarde quando paramos para almoçar. No melhor restaurante da cidade, nos deliciamos com a comida mineira, direto do fogão a lenha. Fotografei tudo que a chuva permitiu e na verdade passamos o dia pensando na trilha do dia seguinte (que só aconteceria se parasse de chover). Já a noite, na pousada um indiozinho insistia em nos acompanhar. Além do dia de chuva, a pousada ficou sem luz... Sem luz no meio daquele bosque. Com chuva. E sem TV. Com uma lanterna, debaixo de chuva, nos dirigimos até o restaurante da pousada e jantamos a luz de velas. Estávamos quase terminando o jantar quando a luz voltou (o nosso amigo índio deu uma trégua...). Fomos dormir rezando para que parasse de chover e para que a viagem não se tornasse um verdadeiro programa de índio!
Acordamos cedo para saber do tempo e acompanhamos o nascer do sol. Belíssimo, por sinal. Ele nasce detrás das montanhas e reflete nas águas da represa de Joanópolis.Tímido, é verdade, mas pelo menos parou de chover. Nos preparamos, conferimos todos os equipamentos e partimos em direção a Cachoeira dos Pretos, onde começaria a tri lha. Este é o ponto turístico mais famoso da região. Lota todos os finais de semana. Tem acesso por estrada de terra, que tem condições regulares mesmo para um carro de passeio em dia de chuva (como foi o dia de ontem).
Com mapa na mão e muita coragem (as nuvens carregadas já apareceram pela manhã, demonstrando uma forte tendência aos temporais de fim de tarde), iniciamos a trilha que já sabíamos o quanto seria pesada. A altitude da região e as longas subidas já denunciavam isso. Pedalamos os primeiros 15 Km subindo. E quando o mapa dizia “sobe forte”, podíamos esperar que era forte mesmo...
O visual da trilha é lindo. São muitos vales e paisagens de tirar o fôlego. Todo esforço valeu a pena. Mas fomos surpreendidos com uma tempestade bem no topo do morro, quando faltavam ainda 6 Km para terminar a trilha. E o pior, a maioria de descidas eletrizantes. Imagine a quantidade de água e de lama que passava pela encosta? Já não enxergávamos mais nada, a não ser uma gigante névoa, que nos envolvia por todos os lados. Senti muito medo. Sabia que dali 2 Km teria um bar, aonde poderíamos parar e nos recuperar do grande susto.
Acho que foram os 2 Km mais longos de nossas vidas. Paramos para respirar um pouco e ainda completamente enxarcados seguimos viagem, já com uma chuva bem mais fraca. E mais subida forte pela frente. Chegamos na Cachoeira dos Pretos sãos e salvos. Conseguimos plásticos na lanchonete para poder entrar no carro, afinal, estávamos cobertos de lama. As bikes, então, irreconhecíveis... O carro passou bem pelos 18 Km de estrada de terra até o centro da cidade. Depois, mais 4 Km de lama até a Pousada. Chegamos inteiros e já sentíamos saudades da trilha quando nos preparávamos para voltar à São Paulo debaixo de uma tremenda chuva!
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