segunda-feira, 12 de novembro de 2001

Ilha Bela SP - Uma trilha e 1 Milhão! de borrachudos



Mais um feriado prolongado e lá fomos nós em busca de novas trilhas... Desta vez viajamos sem uma trilha definida. Contaríamos com a sorte para descobrir uma trilha na região, um lindo lugar chamado IlhaBela, litoral norte de São Paulo (a balsa que leva a Ilhabela parte de São Sebastião).
Viajamos juntos com um casal de amigos, a Dri e o Marcelo, que nos acompanharam com o intuito de apenas curtir uma praia, sem participar das nossas loucas aventuras. Mais uma vez viajamos sem reservas antecipadas, arriscando a sorte em pleno feriado prolongado.
Chegamos em IlhaBela próximo da meia-noite. Acho que paramos em todas as pousadas, hotéis e chalés da Ilha. Estavam todos lotados. Lotados. Essa palavra nos causa arrepios... Já estávamos cansados, com fome e com muito sono, quando começamos a brigar sem motivos. Já estávamos decididos a voltar para São Paulo, quando às 06:00 horas da manhã encontramos um hotel. Estávamos tão exaustos que eu não me lembro como conseguimos colocar todas as bagagens para dentro do quarto.
A trilha não foi feita no dia seguinte, porque acordamos muito tarde. Aproveitamos o dia espetacular de sol para tirar muitas fotos e curtir as praias tão belas. Fomos de carro até a Praia de Castelhanos, que agora tem acesso mais fácil pela estrada melhorada. Já bem próximo à praia, tivemos de estacionar o carro e prosseguir a pé, porque havia um riacho cruzando o caminho. E neste momento sublime de nossa primeira aventura, fomos atacados por um milhão de borrachudos! Eles apareciam de todos os lados, como se o repelente fosse um atrativo para eles. Azar o meu, que sou alérgica! Não pudemos ficar muito tempo na praia, que é linda, porque não tivemos paz com os borrachudos.
Saímos da praia e fomos direto para a farmácia, providenciar alguma coisa para aliviar as picadas. A esta altura, meus pés começaram a inchar. Passamos o restante do dia nas praias próximas, no centrinho e na piscina do hotel (com os meus pezinhos inchados...)
Acordamos no dia seguinte com tudo pronto para iniciar a Trilha da Praia do Jabaquara. Eu olhei bem para os meus pés e pensei: “Se couber o tênis eu consigo pedalar”. Então, nós saímos de bike e nossos amigos pegaram o carro para ir a outra praia.
O dia amanheceu tão belo como o dia anterior. Iniciamos a trilha no porto, em direção a Praia do Jabaquara. Seu acesso é difícil, começa com asfalto e termina com terra. Mas toda a trilha é beirando o mar e as praias, com um visual inesquecível. Um visual capaz de encher os olhos de qualquer aventureiro.
O único perigo ainda vem dos carros, que são muitos ainda no asfalto. Bem, pedalamos por 1,2,3,4,5,6 Km quando eu comecei a perceber que o meu tênis estava ficando um pouquinho mais apertado, como se meus pés fossem pneus sofrendo a ação de uma bomba de ar. A dor foi aumentando, mas mesmo assim continuei a pedalar.
Como uma benção divina, nossos amigos apareceram de carro, indo para a mesma praia. Mas eu não desisti: fiquei mais tranqüila porque eu sabia que teria carona para voltar, mas continuei pedalando. Queria chegar até a Praia do Jabaquara com meus próprios esforços. Com muita paciência nós conseguimos chegar. Eu respirei aliviada quando, do alto do morro, avistei aquela praia espetacular lá embaixo, a Praia do Jabaquara. Parecia uma imagem de cartão postal.
Eu me joguei no primeiro pedaço de areia que encontrei, e aí começou um outro sacrifício: conseguir tirar o meu tênis. A esta altura, meus pés já pareciam gigantes batatas assadas, bem redondas e vermelhas... Ficamos por ali, curtindo o sol, o mar e a praia que é ainda mais bela do que a Praia de Castelhanos. Nós almoçamos e nos preparamos para voltar a nossa pousada. Eu, carregada até o carro, não sentia mais os meus pés, de tanta dor.
Descansamos o restante do dia e começamos os preparativos para deixar este lugar tão lindo. Apesar da minha alergia, não me arrependo e digo que valeu muito estar aqui, só preciso ter mais cuidado (ou criar uma nova fórmula para repelente de borrachudos). O que carrego de ruim é que eu saí da Ilha com um grande trauma de borrachudos, qualquer mosquito que se aproxima é motivo de pânico, eu entro em desespero!

quarta-feira, 31 de outubro de 2001

Itamonte MG - Um espetáculo da natureza



10/2001.
Partimos para Itamonte numa sexta-feira à noite. Pesquisei muito sobre esta pequena cidade, mas não imaginei que suas belezas naturais seriam tão perfeitas. Com a reserva feita antecipadamente tudo se tornou mais fácil. Apesar de chegarmos de madrugada a pousada, já estavam nos esperando e rapidamente nos acomodamos. Fazia muito frio... E já esperávamos uma trilha extremamente gelada.
O dia amanheceu belíssimo: um céu tão azul que mais parecia uma pintura. Decidimos dedicar este dia para conhecer a região e o local da trilha. Faríamos a Trilha das Galinhas no dia seguinte. A trilha tem o nome de Trilha das Galinhas por causa das muitas granjas em seu caminho.
Seguimos em direção ao Pico das Agulhas Negras, o 3º pico mais alto do país, com 2700 metros. Para chegar até ele seguimos a estrada que corta o Parque Nacional do Itatiaia. Foram 12 Km percorridos de carro em 2 horas... As condições de estrada são péssimas, mas vale a pena concluir a aventura. As paisagens da estrada impressionam e são capazes de emocionar qualquer mortal. É magnífico enxergar as nuvens abaixo de você. Parece um sonho.
O carro é estacionado na portaria do Parque Nacional do Itatiaia. Entramos a pé e percorremos 3 Km para avistar o Pico das Agulhas Negras. Não fizemos a escalada, mas havia muitos corajosos por lá chegando ao topo. O visual é lindo, mas apesar do céu espetacularmente azul, lá em cima faz muito frio. Depois da volta, um bom descanso para aproveitar o dia seguinte e um excelente jantar saboreando a mais famosa truta do país.
Para nossa sorte, o dia seguinte amanheceu ainda mais belo. Nos preparamos muito bem com um grande café da manhã e seguimos nossa aventura. O início da trilha é uma longa subida, bem longa... mas a subida íngreme traz aos poucos um visual inesquecível de toda a cidade de Itamonte. Todo o esforço vale a pena. As paisagens pelo caminho são fascinantes.
A trilha também passa por Itanhandu, uma cidade vizinha também muito charmosa. Fomos obrigados a parar para admirar a beleza do Rio Verde, de águas cristalinas, local preferido da galera da região para praticar esportes como o bóia-cross.
Depois da longa subida do início, são muitos trechos planos e muita descida, o que torna a trilha uma delícia de pedalar. A cada instante éramos surpreendidos com belezas naturais e paisagens alucinantes de encher os olhos. Sentimos orgulho de ter um país tão rico e tão belo, mas ao mesmo tempo uma grande tristeza por saber que a maioria das pessoas que vivem nele não sabem preservá-lo, respeitá-lo e valorizá-lo por suas riquezas.
A trilha foi bem tranqüila. Encerramos a tarde com longas horas a beira da piscina, curtindo um lindo pôr-do-sol e já pensando no jantar típico da região. Encerramos a noite com a famosa comida mineira, muito bem servida pelo restaurante da pousada. E já fazendo planos para retornar em breve, porque esta região ainda tem muitas atrações não vistas e várias trilhas para o mountain bike que nós ainda não conhecemos.

sábado, 30 de junho de 2001

Praia Grande - Guarujá SP - Uma luta contra os LOUCOmóveis

Decidimos realizar uma vontade antiga: Voltar a Praia Grande, para desta vez percorrer a trilha de Praia Grande até o Guarujá, via balsa. Pelo caminho sempre beirando a praia, imaginávamos o quanto esse percurso seria interessante e bonito. Sabíamos também que seria difícil enfrentar os automóveis, mas não imaginávamos que seria tanto.
Chegamos na Praia Grande um dia antes, nos preparamos e acordamos cedo para encarar o novo desafio. Esperávamos um dia frio, mas fomos surpreendidos com um belo dia de sol e céu azul. Partimos tranqüilos pela ciclovia que nos acompanhou até a Ponte Pênsil, em São Vicente. Depois dela, estávamos lado a lado com os LOUCOmóveis, porque ninguém respeita o ciclista.
Estávamos bastante inseguros mas bem atentos ao trânsito. O percurso é quase todo plano e paramos muitas vezes para muitas fotos. Apesar de ser um trecho bem urbanizado, também tem sua beleza natural.
Cruzamos toda a praia de São Vicente. Depois, passamos por todos os Canais de Santos, até chegarmos a balsa que leva ao Guarujá. A travessia é gratuita e muito rápida. Não deu nem para curtir o balanço do mar... Uma multidão de ciclistas atravessa a balsa durante o dia inteiro. Encontramos muitos bikers pedalando nesta região também.
Chegamos a Praia de Pitangueiras, no Guarujá, com 35 Km de pedaladas. Sob um dia tão lindo, nos acomodamos ali na areia da praia, com nossas bikes e mochilas. Por ali descansamos um bom tempo até sentirmos fome, para curtir um almoço especial depois de tanto pedal.
Estávamos ao lado de um restaurante de frente para o mar, todo envidraçado, com uma linda paisagem. Nos acomodamos para almoçar e num ato de loucura pedimos uma super feijoada... Que estava maravilhosa, ainda seguida de uma banana flambada fantástica!
Bem, após alguns minutos de descanso e algumas fotos, iniciamos a volta. Já no final da tarde, fomos acompanhados daquele ventinho gelado de inverno e novamente dos LOUCOmóveis durante todo o percurso, até São Vicente.
Já de volta a Praia Grande, depois desses 70 Km pedalados, estávamos realizados por conquistar mais uma trilha. E felizes também por encontrarmos outros bikers pelo caminho. Acreditamos que este seja um percurso obrigatório para quem pedala. Apesar do perigo dos automóveis, o percurso é muito interessante e vale a pena conquistá-lo.

sábado, 28 de abril de 2001

Morungaba SP parte II - Em busca da trilha perdida

Planejamos cuidadosamente o retorno para a trilha que adorávamos: a trilha das pedras, em Morungaba. Desta vez, chegamos um dia antes. Nos hospedamos numa pousada em meio à natureza e levantamos bem cedo para aproveitar o dia.
Morungaba é pequena e encantadora. Típica cidade do interior, nós nos sentimos em casa. Acordamos com um belo café da manhã e partimos com um dia perfeito: sol, céu azul e um verde vivo e brilhante na mata.
O caminho da trilha já conhecíamos de cor: lembrávamos cuidadosamente de cada passagem. Claro, mesmo assim não abandonamos o mapa. Pedalávamos até mais tranqüilos por conhecer o caminho. Mas, como tudo na vida é cheio de emoções...
Faltavam apenas 6 Km para terminar a trilha quando nos deparamos com uma porteira. Nada demais, porque ela está no mapa com um aviso: abra, passe e feche a porteira. O problema é que a Fazenda foi vendida. O novo dono trancou a porteira com grandes correntes e cadeados e colocou uma placa, também muito grande: Proibida a entrada. Cães bravos. Sim, demoramos alguns minutos para entender que estávamos perdidos.
Bem, nada de pânico. Fomos buscar informações com os poucos moradores da região para conseguir outro caminho. Por incrível que pareça, ninguém conhecia. Já era tarde e não podíamos voltar os 22 Km que já havíamos pedalado.
Cruzamos com alguns motoqueiros de trilhas que nos indicaram um outro caminho. Não tínhamos outra opção se não segui-lo. Entramos numa mata completamente fechada, impossível até mesmo para Trekking. Aquele desespero de nos sentirmos perdidos foi horrível... Desistimos desse caminho e voltamos para onde estávamos. Depois de muitas discussões, com novas informações seguimos por asfalto de paralelepípedo morro acima, por quase 10 Km.
O percurso foi muito difícil. Já estávamos desgastados, com os nervos à flor da pele, com sede e sem almoço até o final do dia. Chegamos no local do estacionamento do carro já com o anoitecer. Estávamos de volta à pousada quase ás 19:00 h, para um bom banho e para aproveitar o nosso “almoço”. Aliás, uma comidinha de interior fantástica!
Descansamos por algumas horas para retornar a São Paulo. Fica em nossas lembranças a saudade de uma trilha que nós adorávamos. Trilha de muitas subidas íngremes e descidas longas, perfeita para o mountain biking. É uma pena que agora não exista mais...

quarta-feira, 31 de janeiro de 2001

Floripa SC - Procura-se um mapa desesperadamente


Durante um ano estivemos a procura de um mapa para descobrir Floripa – a tão famosa ilha da magia. Foram muitos os contatos com o centro de informações turísticas, lojas de bike e principalmente a Internet. Mas não conseguimos nada de muito concreto. Como Florianópolis fazia parte do nosso roteiro de férias, encaramos o desafio e partimos com pouquíssimas informações.
O mês de janeiro transforma Floripa: há superlotação de hotéis e pousadas. E os preços sobem, sobem muito. Depois de muitas tentativas conseguimos encontrar uma pousada bem razoável para ficar: piscina, café da manhã, bom preço e excelente localização. Estávamos de frente para a Lagoa da Conceição, próximo à Praia da Joaquina e Praia Mole.
Os cinco dias que aqui passamos ainda não foram suficientes para descobrir todos os encantos da Ilha. Seus mirantes, suas dunas, suas paisagens deslumbrantes e principalmente suas praias maravilhosas. O SandBoard na Praia da Joaquina, a água de coco com o visual da Praia Mole, a agitação de Canasvieiras, o mirante da Lagoa da Conceição, tudo é mágico e cada paisagem consegue surpreender a cada instante.
Com as poucas informações que tínhamos em mãos, seguimos com nossas bikes em direção a uma trilha chamada Costa da Lagoa. Antes nos abastecemos de muitas frutas, porque o calor aqui nesta época é muito forte. Antes de iniciar a trilha, percorremos o centro da Lagoa da Conceição. Foi uma pedalada muito interessante, porque a Lagoa é linda e o dia era ideal: quente e de céu muito azul.
O início da trilha é de asfalto, com uma bonita paisagem da Lagoa da Conceição, por diferentes ângulos. Vibramos de felicidade quando começou a estrada de terra. Muitos morros e single tracks. Mas nossa alegria durou pouco. Após alguns kilometros a trilha se torna apropriada apenas para Trekking. São muitas pedras, pedras enormes, que ficam bem no meio da trilha, impedindo a passagem das bikes. Como já passamos por essa experiência em Ilha Grande, decidimos que o melhor era deisitir. Fomos obrigados a encerrar a trilha e nos contentarmos em voltar, ainda para aproveitar as pedaladas beirando a Lagoa. Floripa é tão mágica que merece retorno, e ainda continuamos a busca por uma verdadeira trilha, que nos leve a descobrir novas paisagens e belezas naturais da Ilha.

Canela RS - A emoção da paisagem na Trilha do Morro Pelado



Não havia uma trilha programada para Canela. Tínhamos a intenção de apenas conhecer esta formosa cidade de bike. Canela é uma cidade fantástica. Sua arquitetura diferenciada é capaz de encher os olhos de qualquer turista. As hortênsias, típicas da região, estão por toda parte. Crescem por todos os cantos: nas ruas, nos jardins e até mesmo nas estradas. É uma paisagem belíssima.
Tem muitos pontos turísticos que merecem uma visita. E assim planejamos cuidadosamente cada passeio: O Parque e a Cascata do Caracol, O Castelinho, a Catedral de Pedra, o centrinho percorrido de bike, o artesanato, os vinhos e deliciosamente a autêntica churrascaria gaúcha, com direito a shows típicos da região e claro, muito chimarrão.
Também conhecemos Gramado, tão acolhedora quanto Canela. Estivemos em São Francisco de Paula e em Cambará do Sul, onde fizemos uma trilha a cavalo com duração de um dia. O guia esteve conosco por mais de sete horas e nos contou muito sobre a região. A chuva e a garoa forte nos acompanharam durante todo o dia, mas o passeio ainda assim foi fabuloso. Andar a cavalo durante tantas horas foi algo totalmente novo para nós dois, e maravilhosamente inesquecível.
Até então não acreditávamos que conseguiríamos uma grande trilha de mountain bike. Mas, no centro de informações turísticas da cidade descobrimos a Trilha do Morro Pelado. Resolvemos conhecê-la, mesmo sem maiores referências. Achamos que ela não traria emoções extremamente mais fortes.
Bem, grande engano: Morro Pelado. Iniciamos a pedalada desacreditando de grandes paisagens. Mas a subida se tornava cada vez mais íngreme, nós não parávamos de subir. Pouquíssimos carros passaram pelo mesmo caminho. Mais uma vez estávamos acompanhados de muitas hortênsias. Pedalamos morro acima por quase 10 Km. Já estávamos pensando na volta, que seria deliciosa... e imaginando o quanto seria alucinante o visual que encontraríamos ao final desta trilha. Simplesmente incrível. Emocionante, espetacular, fantasticamente especial. Estávamos diante de um vale imensamente verde, que significava o lado oposto à cidade de Canela. Assim como em todo o caminho, o topo do morro estava repleto de hortênsias.. Ficamos ali, deitados no gramado, entre o verde e as hortênsias, admirando o infinito horizonte. Mais um espetáculo da mãe natureza que nós pudemos presenciar e manter vivo em nossas lembranças.

Corupá SC - Mountain Biking e Trekking na Rota das Cachoeiras

Encontramos em Corupá tudo que procurávamos. A cidade do interior de Santa Catarina, a 500 Km de São Paulo (via Curitiba), é perfeita: pequena, acolhedora, charmosa, com uma paz aparente para quem procura por ela e uma adrenalina de aventuras para quem procura por muitas emoções.
Corupá tem apenas um hotel, que dispensa qualquer comentário. Seus chalés são cuidadosamente decorados. Todos têm vista para as montanhas. O Hotel conta ainda com lago e pedalinhos, piscina e um excelente restaurante. Aproveitamos o primeiro dia na cidade para descansar, aproveitar o calor na piscina e estudar o mapa para a trilha do dia seguinte.
Acordamos bem ansiosos e saímos do hotel pedalando. A trilha chamada de Rota das Cachoeiras tem 17 Km de ida e o mesmo caminho para a volta. Nosso destino era chegar a Rota de 14 cachoeiras. Uma delas, a mais distante, a maior e de difícil acesso nós pudemos avistar da trilha. Mesmo estando tão longe, foi possível perceber sua imponência no topo da montanha.
Fomos muito bem recebidos na entrada do Parque. Com uma entrada bem simpática, tem estacionamento, lanchonete, piscina e banheiros. Deixamos nossas bikes com os próprios donos da lanchonete. A partir dali deveríamos seguir a pé, morro acima, num verdadeiro trekking de mata fechada e subidas verdadeiramente íngremes.
As cachoeiras são deslumbrantes, o local é bem preservado e a natureza ainda é selvagem. Se dependesse apenas do Cris, com certeza ele teria ido até a última cachoeira. Mas como eu não tenho o mesmo preparo físico, tive que pensar em guardar pernas para fazer o trekking de volta e ainda para os 17 Km de volta na trilha. Chegamos até a quinta cachoeira e retornamos. Paramos para o lanche, mergulhamos na piscina para refrescar, pegamos as bikes e partimos.
Na volta, fomos surpreendidos por uma forte chuva, que nos fez parar em um abrigo por alguns minutos. Por errarmos o caminho no final da trilha, pedalamos ainda mais 2 Km, só que pela Rodovia, que é extremamente perigosa. Não há acostamento, o que tornou o percurso muito demorado. Tanto eu como o Cris também tivemos direito a “comprar terrenos” (alguns tombos, na linguagem de bikers).
Enfim, chegamos ao hotel com o cair da noite e caímos na piscina também. Apesar do vento frio do anoitecer, foi um mergulho bárbaro. Depois de um dia incrivelmente quente, esse mergulho realmente recarregou nossas energias e completou mais um dia belíssimo.

5500 km de carro pela região Sul do Brasil

01/2001